nunca brinque com crianças mortas

Com produção de Guilhermo Del Toro (que é o novo Quentin Tarantino apresenta), e direção do estreante Juan Antonio Bayona, o suspense espanhol “O Orfanato” bebe em diversas fontes conhecidas (Os Outros, O Chamado, Amigo Oculto, Poltergeist) para contar a história de Laura, uma assistente social que muda-se com o marido e filho adotivo para um antigo orfanato, onde ela viveu quando criança. A idéia do casal é restaurar a casa para atender crianças que necessitam de cuidados especiais e dar uma vida tranqüila ao filho Simon, que é HIV positivo.
Os problemas começam quando Simon passa a manter contatos com amigos imaginários. Os pais não dão muita atenção, mas logo os sinais da presença de terceiros no casarão começam a ficar mais evidentes. Num surto, Simon ataca a mãe e desaparece. A partir daí, vemos a luta de Laura para descobrir o paradeiro do filho.
Com exceção de alguns detalhes, a trama de “O Orfanato” pode parecer a mesma de uma dezena de outros filmes de terror. E é. A diferença aqui estão nas espertas situações e saídas presentes no roteiro do espanhol Sergio Sánchez. Calcado nelas, o diretor Bayona consegue criar clima e tensão, transformando o que poderia ser apenas “mais um filme de terror” num bom suspense psicológico, que embora não seja original, é no mínimo competente.
O elenco também faz bem seu trabalho, mas é praticamente desconhecido do público brasileiro. Belén Rueda convence como a desesperada Laura e o ator mirim Roger Príncep dá veracidade ao irritante e sonso Simon. Entre os coadjuvantes está Edgar Vivar, o Sr. Barriga/Nhonho da série Chaves, e é muito curioso vê-lo sem o bigode num papel diferente dos velhos conhecidos.
Filme: O Orfanato
Nota: 8,0

1 comentários:

Anônimo disse...

O Orfanato é um filme espetacular, me fez pular muitas vezes da cadeira. E já gostei logo de cara quando descobri que o filme era Espanhol, adoro a línga espanhola. Nota 1.000 pra esse filme. Quando assisti, postei sobre ele no BloGZinho.

Até mais!