Puta no Ensaio 5-10-2010.wmv

OS NORMAIS 2 - A NOITE MAIS MALUCA DE TODAS

Quando Rui e Vani saíram do ar, no auge do sucesso do programa de TV, “Os Normais” deixaram vários órfãos. Eu sou um deles e foi com muita expectativa que me levantei da cama em um domingo de ressaca para assistir “Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas”. Afinal, passaram-se seis anos da estréia de “Os Normais - O filme” e da exibição do último episódio do programa.

E a tal da noite começa quando Vani decide apimentar o relacionamento e topar uma idéia antiga do Rui: fazer um ménage-à-trois. Claro que o que poderia ser até bem simples para qualquer casal normal, para Rui e Vani é o início de uma noite problemática, que reserva muitas surpresas e encontros inusitados com um time de coadjuvantes de luxo, com destaque para Cláudia Raia e Drica Moraes.

Quem conhece a série sabe que esta está longe de ser a noite mais maluca de todas, entre todas as que já foram protagonizadas pelo casal. Diferente do primeiro filme, que antecede-se à série para contar uma história obediente à estrutura clássica do começo-meio-fim, “Os Normais 2” se parece mais com um episódio duplo, que poderia se encaixar em qualquer uma das temporadas e passaria batido, não fosse a exibição na tela grande.

Falta capricho no roteiro de Alexandre Machado e Fernanda Young; um certo primor e excelência no diálogos. Pois todo mundo sabe que a graça de “Os Normais” está no que é dito e não necessariamente nas situações. Cada frase solta por Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres vem carregada de um tom cômico único, que nenhum outro casal de atores conseguiu até hoje imitar. É um humor ágil, rápido, teatral.

Também falta firmeza na direção de José Alvarenga Júnior. Embora alguns movimentos de câmera dêem até um tom sexy à algumas cenas, a maioria delas é convencional, em planos sufocantes/televisivos. A edição agrava as coisas quando comete os mesmos erros do primeiro filme, trazendo à estrutura do cinema telas episódicas, legendas desnecessárias e até câmera lenta (deus, como eu odeio câmera lenta).

Ah, então não valeu a pena sair de casa em um domingo de ressaca para ver “Os Normais 2”? Imagine! Vale a pena sim. Porque nenhum tropeço consegue tirar o brilho de dois personagens tão queridos e importantes da teledramaturgia brasileira. Tão importantes que, após sete anos e na era do You Tube, ainda têm força para sustentar um longa-metragem nas costas e por si só já ser garantia de público e de muitas risadas.

Nota: 7,0

BRÜNO


Em 2006, quando "Borat" chegou aos cinemas, em meio a onda anti-americana que pairava sobre Hollywood, não consegui enxergar no filme algo mais do que piadas grosseiras e talvez um pouco de sadismo. Embora Sacha Baron Coehn seja a(u)tor desprendido de qualquer compromisso ético ou moral (uma qualidade de poucos), para mim não passava de uma mistura bizarra entre Jim Carrey e Michael Moore.

Felizmente, "Brüno" chega aos cinemas alguns anos depois, partindo de um tema mais batido, porém menos em voga (o ‘vale-tudo’ pela fama), e expõe com as atitudes extremas do personagem título, o preconceito implícito e a falta de escrúpulos da sociedade atual. E embora o 'campo de pesquisa' de Coehn seja novamente os E.U.A., as reações documentadas por ele são universais. E quem sabe as atitudes de Brüno também.

Brüno é um apresentador austríaco, afetado e fashionista, que após se envolver num incidente num desfile é banido da indústria fashion em seu país. Decide então partir para os E.U.A. e com a ajuda de seu assistente Lutz, se tornar a maior celebridade austríaca desde Hitller(!!!).

Diferente de "Borat", em "Bruno" é mais difícil distinguir ficção e realidade: Será que uma mãe realmente submeteria a filha que ainda engatinha à uma lipoaspiração, para que a menina participe de uma sessão de fotos? Seria mesmo tão violenta a reação de um público de homens e mulheres heterossexuais diante de um beijo gay? O que é mais assustador: ficção ou realidade?
Penso que o mais assustador é não saber o que é o que. E aí está o grande trunfo de "Brüno": há passagens tão grotescas e tão impactantes que fazem você se perguntar se aquilo é mesmo possível.

Mas claro, por via das dúvidas é melhor não saber, encarar o filme apenas como um besteirol bizarro, no estilo irmãos Wayans, e sair do cinema reclamando do dinheiro gasto para ver esta “droga” de filme, como fez pelo menos 50% do público da sessão em que eu estive. E é por conta das somas de todos esses 50% espalhados pelo mundo afora que filmes como "Brüno" infelizmente têm que existir para de vez em quando embrulhar nossos estômagos.

Nota: 9,5

preta, preta, pretinha

Depois de ver Alcione invocando Dr. Fritz e Padre Marcelo Rossi no palco do Monte Líbano, chegou o dia, ou melhor, a noite da outra atração "de peso" do mês de agosto.
Prepare o figurinho e passe tinta no cabelo: Preta Gil traz sua "Noite Preta" à festejada pista da boate Mixed Club no próximo sábado, dia 29. A festa conta ainda com os DJ´s Fernando Aguilar e Absinto, que vão acalmar os ânimos (ou tocar fogo de vez) antes e depois da apresentação da cantora/performer/atriz/apresentadora que, além das faixas de seus álbuns “Pret-à Porter” e “Preta”, promete um repertório no mínimo inusitado, que vai de Xuxa (Doce Mel) à "Barato Total (Gal Costa).
Noite Preta estreou no Rio de Janeiro, na casa noturna Cinemathéque Jam Club, que tem capacidade para 300 pessoas. Pouco tempo depois, Preta Gil já lotava o Espaço Laranja com o dobro de público.
Rapidamente o trabalho tomou conta das noites cariocas. O show conquistou o palco da famosa boate The Week, onde a cantora realizou várias apresentações, atraindo cerca de dois mil fãs a cada performance. O sucesso do show motivou Preta Gil a investir definitivamente na carreira de cantora e a viajar com sua música pelo Brasil.
Curiosos? Pode apostar que estamos.

Ouça: Estéreo -> www.myspace.com/pretagiloficial
Sem dúvida, a melhor faixa gravada pela cantora. Com muito swing, vibe oitentista e letra espertíssima, "Estéreo" foi feita pra botar fogo na pista.

Veja: Estéreo Ao Vivo na The Week


Site Oficial: www.pretagil.com.br

Casa

É que um dia eu olhei você dormindo
E você estava sorrindo
É que aí então eu percebi
Que nunca mais vou conseguir tirar você de mim

Deixei a porta aberta pra você entrar
E se aconchegar no sofá
Eu decorei a casa toda pra você
Eu preparei a cama pra te receber

Vou colocar aquele velho LP
Só pra ouvir você acompanhar
Aquele som que Caetano e Gil fizeram
Pra nos dilacerar

Vem, pode entrar
Eu estava a te esperar
Vou te servir o jantar
Te convidar pra sentar

Você fica tão bem assim
Olhando intenso pra mim
Você parece um anjo assim
Voando dentro de mim

Pousando no meu jardim
No santuário que fiz pra você
Com as flores que eu colhi pra te receber
O teu lugar é aqui

O teu lugar pra ficar
E nunca mais se enganar
Nunca mais se machucar
Eu te protejo aqui

Eu me desfaço por ti

Se for pra te ver dormir

Se for pra te ver sorrir

Eu me despeço assim

Com o que resta de mim

E é você.

Hoje teve reunião.

La porcina

Minha visão da gripe suína.

Olha pra lua, menino

Olha pra lua, menino
escuta o que ela tem pra te dizer
ela já viu mais de mil vezes
e sabe-se lá quantas vezes mais verá
o que está pra te acontecer

Olha pra lua, menino
tenta escutar antes de amanhecer
porque enquanto a cidade dorme
é que fica mais fácil de se entender

Menino, corra pra a calçada, deite no chão
olhe pro céu e faça uma oração

Agradeça, peça, mas não se esqueça

Que quando a lua se for
pode ser que se vá também com ela
o teu grande amor.

puta:!

"se" - primeira demo do projeto PUTA:! - para os aflitos e para os que amam.
SE [versão demo]

oração do gari

Brigado meu Deus pela porcaria!

Brigado pela sobra da janta,
pelos prástico e os papel.

Brigado meu Deus pelos copo quebrado,
as bituca de fumo e os baraio amassado.

Brigado meu Deus pelas ropa véia,
e pelas ropa nem tão véia, mas que num se usa mais.

Brigado meu Deus pelo papelão,
pelos brinquedo usado e os carçado furado.

Brigado meu Deus pelo leite azedado, o danone estragado
E o pão nosso embolorado de cada dia, nos dai hoje - Brigado.

Brigado meu Deus por tudo essa gente
que fala bunito e sempre foi na escola,
mas vumita tanto lixo de dentro pra fora
que carece de mim duas veiz por semana,
pra passá correndo e levá imbora.